Maurício Araujo

Brasil desperdiça mais de R$ 1 bilhão com vacinas vencidas; saiba o cenário em Santa Maria

Acórdão do Tribunal de Contas da União (TCU) apontou que o Brasil desperdiçou mais de 28 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 que perderam a validade. O prejuízo estimado é de R$ 1,2 bilhão. Os dados são referentes a contratos celebrados em 2021 e 2022. As causas para as perdas não foram efetiva e individualmente identificadas pelo Ministério da Saúde. Conforme o relatório, foi constatado um total de 23.668.186 doses vencidas. Nas secretarias estaduais, foram 2.296.096 doses, com perda de R$ 59,2 milhões. Já no almoxarifado do Ministério da Saúde, em Guarulhos (SP), constavam, 2.215.000 doses vencidas, correspondendo a perdas financeiras de R$ 55,6 milhões. As informações são da Agência Brasil. 

– A unidade técnica, por outro lado, acertadamente a meu ver, ponderou que devem ser decorrentes de múltiplas causas, a exemplo de falta ou atraso de registro de vacinação, não utilização do quantitativo de doses indicadas no frasco (perda de validade das vacinas por positivação de temperatura e/ou perdas decorrentes de manuseio), inconsistência de registro de vacinação, rejeição de uso pela população de certo tipo de vacina – diz o relator, ministro Vital do Rêgo. 

O relatório aponta que o Rio Grande do Sul é o quinto Estado que mais perdeu imunizantes, tendo 2.520.079 doses desperdiçadas em 206 municípios. Em primeiro lugar está Minas Gerais, seguida de Bahia, Maranhão e Ceará. 

O Ministério da Saúde diz que “no início do ano foi instituído um comitê permanente para monitorar a situação e adotar medidas para mitigar perdas e também já estão sendo adotados métodos para compra planejada e aperfeiçoamento da gestão dos estoques”.

Santa Maria

Questionada sobre os dados e qual era a situação na cidade, a prefeitura de Santa Maria informou que o Setor de Imunização busca otimizar os frascos multidoses, mantendo agendas de vacinação em locais específicos. O objetivo do município é utilizar todas as doses de cada frasco. Porém, há redução na procura pelas vacinas contra a Covid-19, e o Executivo não nega vacina para quem a busque, mesmo que o número de pessoas seja reduzido. Assim, as pequenas perdas, de doses que sobram em frascos abertos (que duram de 6 horas a 12 horas), tornam-se inevitáveis. 

Segundo a prefeitura, 95% da população está imunizada com pelo menos duas doses

Por fim, o município afirma que procura manter os estoques limitados da vacina e que na Central Municipal o quantitativo é suficiente para atender a demanda, sem excedentes, evitando perdas por validade.

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